quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parte 26



- Isabela, espera um pouquinho que eu preciso atender o celular. 


'' Mas que numero será esse? ''






- Alô? 
- Você é conhecida do Vitor? 
- Eu sou a namorada dele, por que? 
- Aqui é do Hospital. Ele foi baleado hoje mais cedo e está internado. 
- AI MEU DEUS! E-e como ele está? 
- Eu não posso dar essa informação, só me pediram pra te avisar que voce precisa vir para cá urgente. 
- Mas moça, ele está vivo? Por favor me responda. 
- É melhor voce saber direto do doutor que o atendeu, eu sinto muito. 






Melissa chegou ao Hospital desesperada e foi logo conversar com a primeira pessoa que apareceu.
- Moça, onde está o Vitor? 
- Você é a namorada dele? 
- Sou eu, por favor, eu preciso ver ele. 
- Você precisa esperar o médico conversar com você. 
- Mas me fala, ele está bem? 
- Ele chegou aqui sangrando muito, e eu não posso dizer muita coisa, por favor espere pelo médico, fica calma. 






                                   Como eu poderia ficar calma? 




Essa palavra não existe para mim nesse momento de agonia constante. 





Eu tentava entender o que poderia ter acontecido, mas a vontade de ver ele me impedia de pensar direito. Eu queria ter certeza de que está tudo bem, e tentar ser forte na frente de Isabela que não deveria estar aqui presenciando isso tudo.

- Mãe, o papai vai morrer? 
- Não Isabela, não fale uma coisa dessas, minha filha - respondi com um aperto no coração e um nó na garganta de choro entalado. 
- Mas ele vai mamãe, você não sabe? 
- Isabela, pare com isso - novamente e eu não estava aguentando mais.




Quando o médico finalmente apareceu, me senti mais aliviada pela espera.

- Como ele está? Ele está bem? 
- É provável que precise de uma transfusão porque ele perdeu muito sangue, fizemos uma cirurgia para retirar a bala na perna e na barriga... mas... ele ainda não recuperou a consciência. 
- O que isso quer dizer? Ele vai ficar bem logo? 
- Ele precisa de repouso e enquanto não abrir os olhos, terá que ficar internado.


Eu nunca pensei que um dia teria que te ver numa cama de hospital e sem consciência. Eu só quero que você melhore logo e volte para casa, temos muito o que viver juntos, momentos que eu evitei de acontecer por medo mas que seriam os mais felizes da minha vida. 


Olhando a sua face eu me pergunto onde foi que eu errei, como pude ser boba de não viver intensamente cada segundo que eu tinha ao seu lado. Agora, o meu medo é de perder você para sempre, não quero que isso aconteça, eu não me perdoaria pois não é a hora.

- Vitor, eu estou aqui do seu lado - tinha esperança de ouvir a sua voz. 
Tentei de novo. 
- Vitor, fala comigo... me perdoa por tudo. 

Seu silencio estava acabando comigo, me sentia fraca e sem rumo, e foi aí que percebi que eu preciso de você na minha vida.
Nesta sala fria e silenciosa, pensamentos vagam pela minha cabeça. Talvez eu tenha sido muito egoísta com você até então, me perdoe por perceber só agora.

- Eu te amo Vitor, sei que devia ter dito antes e mais vezes... me perdoe.

O silencio permanecia e Vitor não mostrava nenhuma reação.
- Eu prometo me entregar mais ao nosso amor, eu prometo te amar mais do que eu sou capaz, prometo te fazer feliz... mas não me deixe... eu preciso de você, não demore pra voltar, por favor. 


Tive que sair do quarto com muita dor no peito, tinha medo de acontecer alguma coisa com ele e de nunca mais poder ver o seu rosto. Pensava que ele poderia me querer por perto, mesmo que não pudesse dizer.


Voltei para a sala de espera muito preocupada com a situação de Vitor. Isabela parecia perceber que meu corpo estava ali, mas minha mente em outro lugar, até que eu vi a Laura e o Daniel se aproximarem de mim.


- Amiga, como você está? 
- Estou muito preocupada. 
- Oi Mel, eu fiquei sabendo e também corri para cá. 
- Eu precisava mesmo de companhia, Daniel. 


- O que aconteceu, afinal? 
- O Vitor levou dois tiros em frente ao restaurante que eu trabalhei, o dono de lá atirou nele. 
- E por que ele fez isso? 
- Daniel... é uma longa historia. 
- Tudo bem, mas pode me contar. 
- Eu posso tentar, é que era para ser segredo.


- Bom, com um dia que eu trabalhei lá, ele me estuprou, me fez ameaças horríveis e não tive escolha. Só o Vitor e a Laura que sabiam disso e pedi que guardassem segredo. Mas não sei como o Vitor conseguiu encontrar o restaurante, e concerteza ele foi tirar satisfação com ele e deu no que deu. 
- Nossa, eu nem sei o que dizer. 
- Eu sinto muita vergonha de mim mesma, tenho nojo de mim. 
- Calma, muitas mulheres já sofreram abusos, agora o cara só precisa ir preso. Mas, quem te contou que foi isso o que aconteceu? 
- A funcionaria que também levou um tiro contou pro medico do Vitor, e eu apenas deduzi que o Vitor foi bater boca com ele, eu só não sei como ele descobriu o restaurante. 


- Eu tenho medo do que possa acontecer agora, eu não posso perder o Vitor, mas ele não quer abrir os olhos. 
- Fica calma, ele não vai morrer nem nada, fica calma. 
- Amiga, fui eu que falei o endereço do restaurante pra ele, mas eu não sabia que aconteceria essa tragédia. Ele me disse que só iria ver quem era e só isso, mas eu até me arrependo, me desculpa? 
- Deixa pra lá, já aconteceu a tragédia que eu sabia que poderia acontecer.


- Ai meu Deus, eu quero ver o meu primo, será que a gente não pode ver ele? 
- Não, nem está mais na hora de visita, eu acho.

3 comentários:

  1. Perdão, mas pode disponibilizar os outros capítulos dessa primeira temporada? Agradeço.

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  2. Olá Priscila! Sou a Karen, da Kachu sims, lembra de mim? como estão as coisas? Entre em contato comigo e mande um ALô...

    Beijos, e saudades.

    becareful666@bol.com.br

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    Respostas
    1. Oi lembro sim!!
      Vi muito tarde, desculpa :(
      Te mandei mensagem, mas não sei se vc ainda acessa ele.

      Me manda email, tô sempre olhando e te passo minhas redes sociais por lá. prihpri25@gmail.com

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