- O que aconteceu Isabela?
Todos se aproximaram de mim assustados.
- Um homem nojento me seguiu e me atacou, ele queria me abusar! E o Max foi tentar me ajudar, mas acabou levando vários tiros por causa disso, e agora ele sumiu! Foi horrível!
- Mas quem foi que tentou abusar de você?
- Não sei, nunca o vi na minha vida, pai!
- Tive medo de morrer, foi tão horrível! Ele fugiu depois que atirou no Max, mas o Max correu pro mato e eu não consegui encontrá-lo!
- Tenho tanto medo de perder o Max, ele está machucado em algum lugar! E foi tudo culpa minha, eu não devia ter o levado para passear logo hoje!
- Fica calma minha filha, nós vamos dar um jeito.
- Pai, me ajuda a procurar o Max? Vamos de carro, ele não pode estar muito longe!
- Não sei, está chovendo e nem sabemos onde ele pode estar.
- Vai ser difícil encontrar o Max nesse tempo, filha.
- Então já era, o Max já deve estar morto.
- Não! Não fale isso Adrian!
- Vamos pai! Ou então eu vou sozinha mesmo!
- Você não pode ir, pode ser perigoso.
- Não ligo! Não vou deixar o Max sozinho precisando de ajuda!
- Mas Isabela...
- Isabela, se acalma... Deixa que eu vou procurar por ele e você fica aqui. Não quero que aconteça mais nada. Está bem?
- Pode ser, pai.
- Mas você sabe que eu posso encontrá-lo sem vida. Você sabe disso, não sabe?
- Eu sei, mas ele precisa de nós e eu quero tentar ajudá-lo.
- Promete pra mim que não vai chorar se a notícia não for boa?
- Não sei, posso tentar.
- Pai, me liga quando encontrar o Max.
- Tudo bem.
Ele foi de guarda-chuva até o carro. Adrian e eu nos abraçamos apreensivos. Eu estava com a roupa molhada, então, fui tomar banho logo em seguida.
- Mãe, a Isabela está chorando no banheiro, eu escutei. E se o Max morrer, o que vamos fazer?
- Não quero nem pensar. Mas ela precisará muito do nosso carinho filho, ela gosta muito dele, você sabe. Max está conosco desde que ela tinha nove anos.
- Mas se por acaso o pai encontrar o Max morto o que ele vai fazer?
- Com certeza ele irá enterrar o Max em algum lugar, porque provavelmente ele estará bem machucado, e ele não aparecerá com o Max desse jeito aqui.
- Mas e se ele estiver vivo?
- O seu pai vai ligar pra avisar, então teremos que levar Max para o veterinário.
- Tomara que ele esteja vivo, porque a Isabela vai sofrer muito e eu vou sofrer ainda mais por isso.
- Todos nós iremos sofrer filho, todos nós. Max sempre foi parte da nossa família e era como um filho para a sua irmã.
- Mas não vamos pensar assim. Logo a sua irmã sai do banho ou o seu pai chega e temos que estar preparados!
- É, mas eu estou muito nervoso e preocupado com Max.
Não demorou muito e meu pai apareceu parado na porta sem reação.
- O que houve?
- Cadê o Max, pai?
- Max, além de levar tiros, também foi atropelado. Eu o encontrei no canto da calçada todo sanguentado e só o reconheci pela cor dos pelos, porque ele estava assustador. Tive que enterrar o corpo dele, não teve jeito.
- Eu sabia, cara! Coitado do Max, coitado!
- Minha filha vai sofrer tanto.
- Que final triste para ele, coitadinho.
Naquele momento, eu estava mais do que nervosa, não queria aceitar que Max estava morto. Mas meu pai evitou o que para ele teria sido pior, porque realmente, se eu tivesse visto Max no estado em que ele estava, eu ficaria doente.
- Me perdoa filha. Mas acredite em mim, você não iria aguentar. Eu só fiz o que foi melhor, sinto muito.
- Isabela, você vai ficar chateada comigo, filha?
- Não... Eu só quero ficar sozinha!
E foi o que eu fiz. Me tranquei na quarto e fiquei deitada na cama deixando fluir todas as sensações que se pode ter num momento como este.
Já tentava me acostumar com essa dor de perder o meu amor. Porque eu sabia que dali pra frente restaria apenas saudades e lembranças do que ficou. Eu pensava a cada segundo na maior prova de amor que ele pôde me dar, que foi morrer para me salvar. E ele fez isso duas vezes, a outra foi aparecer na minha vida quando eu mais precisava. Sei que nunca poderei agradecer e muito menos esquecer.
Logo de manhã, fui com a minha mãe ao salão.
- Bruno... Eu preciso falar com você.
- Oi Melissa. O que foi?
- Que horror, Melissa!
- E acabou que ninguém conseguiu dormir direito e a Isabela não parava de chorar. Então, acho melhor que ela fique em casa, porque ela está sem condição emocional para trabalhar. Entende?
- Entendo e não tem problema.
- Ela está lá fora, mas já vou falar com ela. A coitada teve que tomar remédio para dor de cabeça e eu dei um calmante pra ela.
- Poxa... Dá um abraço nela por mim.
- Como consegue ficar aqui no frio?
- Oi Paulo.
- Sinto muito pelo o seu cão. Escutei sua mãe falar com o meu primo.
- Eu ainda não me conformei.
- Eu queria ter visto ele, só que nunca fui na sua casa. Aposto que era muito bonito, como a Vanessa me contava.
- Você teria gostado muito dele, ele era bem amigável.
- Bem, mas você vai melhorar. O tempo ameniza qualquer dor, sabia?
- Sei e espero que não demore.
- Ainda sinto vontade de chorar só de falar nele. Eu tenho que distrair minha mente com outra coisa, mas nem sempre consigo. Você já passou por isso?
- Na verdade, eu passo por isso, só que de um jeito menos doloroso... Esquece.
- Não, pode falar, me conta.
- Não preciso, você já sabe e não gosta de saber, eu sei.
- Só que o Max nunca mais voltará, Paulo.
- Eu sei, por isso que falei que é menos doloroso o que eu passo.
- Me deixa te consolar Isabela, me deixa te sentir, por favor.
- Já está Paulo, já está.
- Então pode soltar tudo o que você sente, pode chorar.
- Obrigada.
Realmente me sentia confortante com aquele abraço apertado.
Depois de chorar por um tempo, já me sentia um pouco melhor.
- Poxa, o sol até resolveu aparecer pra mim. - brinquei quase rindo.
- É mesmo.
- Paulo, tenho que ligar pro André. Espera um pouco?
- Claro, pode ligar.
- Até que enfim você me atendeu! Está tudo bem?
- Está sim, melhor agora.
- Aconteceu uma coisa horrível André. Eu queria muito te ver hoje e te contar tudo.
- O que aconteceu?
- Prefiro contar pessoalmente. Por que você não atendeu as minhas ligações ontem? Eu precisava tanto de você, André!
- É que.... É que eu estava com dor de cabeça e fiquei deitado o dia inteiro.
- E custava você atender ou dar uma ligada? Não estou te entendo, André.
- Não, é que eu acho que acabei esquecendo também, me desculpa.
- Esquecendo como?! Você deixou o seu celular no mudo ou se fez de surdo, não foi?! Não custava nada levantar a bunda da cama e pegar a porcaria do celular e colocar no ouvido!
- Tem razão, mas fica calma. Olha só, não faço de novo. Está bem?
- Talvez fique bem na hora em quem você resolver sentir vontade de aparecer em casa!
- Olha só, não desliga não, hein! Eu vou na sua casa hoje mesmo.
Naquela hora eu desliguei o celular na cara dele. Eu sei, aquela nem parecia ser eu. Só que a morte do Max me deixou assim, sensível e de repente brava. Sem contar que eu estava sentida com o sumiço do André, que me fez procurar por ele feito uma idiota e o qual me deu distração para o Max sumir e acontecer tudo aquilo.
- Caramba! Nunca te via desse jeito... O que aconteceu?
- Nada, não sei.
- Vou ter que ficar, filha. Você vai ficar bem em casa?
- Não sei, vou ser o que eu faço.
- Filha, tenta se distrair com o seu irmão, ou com o seu namorado. Talvez chamando o André para dar uma volta você se sinta melhor.
- Ah... Não sei.
- Se a Isabela aceitar, eu posso ficar com ela pra distraí-la.
- Pode ser, o meu filho vai estar lá, se você quiser conhecê-lo.
- Tenho que entrar, querida. Promete que vai ficar bem?
- Prometo, não se preocupe.
- Qualquer coisa é só me ligar, está bem?
- Pode deixar, mãe.
- Então, vamos Isabela?
- Você quer mesmo passar o tempo comigo?- Com certeza. Você não quer?
- Não, tudo bem Paulo.
- Ei, não vai me esperar?
- Desculpa, eu estou tão perdida no tempo.
- Espero que o meu irmão não esteja enfiado no quarto dele jogando videogame.
- Ei, eu adoro jogar também!
- Quem é?
- É o Paulo, um amigo meu.
- E aí, cara? Fiquei sabendo que você também curte videogame!
- É, curto sim, é legal.
- Tenho vários jogos, jogo desde pequeno, cara!
- Oh legal!
- Vou lá. Meu quarto é logo aqui, aparece lá depois pra você jogar comigo!
- Oh com certeza!
- O que foi?
- Nada não... Eu só estou tentando não chorar, só que não consigo.
- Ah Isabela.
- Mas não precisa pegar na minha mão, Paulo!
- Desculpa, eu só queria ajudar.
- Não Paulo, me desculpa. Eu não queria falar assim, me desculpa.
- Tudo bem, esquece.
- Não! - chorei - Eu não queria que nada disso tivesse acontecido, sabe? O que eu faço?
- Poxa linda, agora eu nem sei.
- Fica calma, é que você ainda está inconformada e nervosa, deve ser isso. Mas vai passar, confie em mim.
De novo eu estava chorando nos braços de Paulo. Era melhor do que meu travesseiro, que ficava úmido.
- Espera, tenho que atender a porta.
- Vai lá, pode ir.
Era o André na porta. Ele coçava a cabeça. parecia pensar se iria entrar ou não. E eu, só fiquei esperando que ele fizesse alguma coisa.
- Olha, me desculpa por ontem, de verdade. - Ele nem olhava para a minha cara.
- Você está chorando? Por que?
- Meu cachorro morreu, André!
- Sério?
- Nossa Isa, eu sinto muito. Você o viu morto?
- Não, nem pude me despedir dele, meu pai o enterrou.
- Sinto muito, meu amor.
- Não se preocupe, vou melhorar.
- Mas é claro que vai melhorar, eu vou te ajudar. Não é Isabela?
- Quem é ele?
- O Paulo é meu amigo desde a escola, André. Acabamos nos encontrando no salão e ele veio comigo. Entendeu?
- Acho que não.
- Não sabia que você tinha um cara como amigo.
- Pois é, também não sei muito da sua vida, André.
- Mas não durou e você sabe.
- E por que não durou?
- Não sei... Não queria falar sobre isso.
- Vamos esquecer, o importante agora é que ainda estamos bem próximos. Eu estou aqui e vou te ajudar a superar tudo isso que te aconteceu.
Não consegui dizer nada logo em seguida. Os dois ficaram me olhando, André parecia não te gostado do que ouviu e resolveu dar as costas e sair dali.
- E ainda pergunta? Você vai mesmo deixar ele ficar aqui na sua casa?
- Você está com ciumes, não é?
- É que deu pra perceber que ele está querendo mais do que te ajudar, não acha?
- Quem você pensa que é pra falar isso, cara? Se eu estou aqui é porque eu quero mesmo ajudar a Isabela, coisa que você deveria ter feito desde ontem. O que aconteceu?
- Pode nos dar licença? Estou tentando conversar com ela, sabia?
- Eu sei, não sou idiota. Só que se é pra falar de mim que fale na minha cara. Tem coragem? E o que foi André, está com medo de perder ela pra mim, não está?
- Como é que é?! Não estou com medo de nada, seu estupido! Só que você não me angana e não vou deixar você se aproveitar da situação pra tentar voltar com ela!
- Vocês querem parar, por favor?
- Paulo, se eu não me engano, o meu irmão está lhe esperando no quarto dele para vocês jogarem videogame.
- Eu sei, mas eu só precisava me defender. Você sabe que eu quero mesmo te ajudar, não estou fazendo por interesse.
- Quer saber? É melhor mesmo eu ir jogar com o seu irmão, não quero atrapalhar o seu namoro Isabela.
- Então se você não quer mesmo atrapalhar, vai logo jogar cara!
- Vou mesmo, mas por ela.
- Tchau linda, depois eu volto.
- Está bem, Paulo.
- Você gosta desse cara?! Ele é tão ridículo e cara de pau!
- E você é muito ciumento, não sabia que você era assim.
- Claro que eu sou! O cara está aqui querendo dar uma de macho pra você e ele acaba conseguindo! Eu é que tinha que estar aqui, mas quando eu chego é ele que está! Eu é que sou o seu namorado!
- Não tenho culpa se quem eu encontro primeiro na hora em que eu mais precisava era ele!
- Ah é?! Então eu faço questão de eu mesmo tocar ele daqui!
- Você não pode fazer isso na minha casa!
- Então manda ele sair daqui Isabela, isso está me incomodando!
- Não mesmo! Se for preciso é você quem vai sair daqui!
- Além disso, eu preferia estar chorando pela morte do Max do que ficar discutindo com você. Estava bom até você chegar e me deixar nervosa. Acho melhor nós terminarmos, porque eu não estou pronta pra aturar esse tipo de comportamento.
- Como é que é? Eu só estou assim por causa dele, porque eu vi o que você não vê!
- Não sei, André.
- Como não sabe? Então fala de uma vez que você ainda gosta dele! Por que você está namorando comigo?



























































































Olá Priscila! Sou a Karen, da Kachu sims, lembra de mim? como estão as coisas? Entre em contato comigo e mande um ALô...
ResponderExcluirBeijos, e saudades.
becareful666@bol.com.br
Oi lembro sim!!
ExcluirVi muito tarde, desculpa :(
Te mandei mensagem, mas não sei se vc ainda acessa ele.
Me manda email, tô sempre olhando e te passo minhas redes sociais por lá. prihpri25@gmail.com