- E queria...
- Então por que está querendo atrapalhar o namoro dela?
- Bem, é que você agora está namorando, não está? E também, você não me deu resposta nenhuma.
- Não quero mais namorar...
- Então, aquele homem que eu vi com você é mesmo o seu namorado?
- Isso mesmo. Mas acho que era melhor eu ter ficado com você. Não quero mais namorar com ele.
- Bom ouvir isso... Por que não termina com ele então? Ele é bem mais velho, não sei o que se passa na sua cabeça, Vanessa.
- Também não sei... Eu só pensei que seria legal, mas agora vejo que exagerei. Eu fiz coisas que eu não pensei que faria tão cedo, mas mesmo arrependida não mudará o que já aconteceu..
- E o que você fez que está arrependida?
- Por favor, não conte pra ninguém, porque só a Isabela sabe disso... Eu... Eu fui na casa dele e, aconteceu. Entendeu, Paulo?
- Caramba Vanessa! Não esperava isso de você, nem tanto assim.
- Eu quero terminar com ele. Tem alguma idéia?
- Aham, tenho sim.
- Então fala!
- Bom, não sei se você vai gostar mas, você poderia terminar com ele e fingir que está namorando comigo para ele te deixar em paz... É que, não pensei em outra coisa ainda.
Vanessa aproximou-se devagar, dando-lhe um beijo na boca.
- Por que isso?
- Ah sei lá... Você não quer?
E se beijaram novamente, mas dessa vez pra valer.
- Vem cá, você está sozinha em casa, não é?
- Ah estou sim, mas nem vem, seu engraçadinho!
- Então tá, é melhor mesmo, não quero fazer isso com você.
- É melhor você ir embora, então.
- Papai, eu senti tanto a sua falta!
- Também senti... Mas saiba que estou indo embora, meu anjo.
- Você compreende, minha linda?
- Sim. Mas pra mim você sempre será meu pai mesmo tendo o verdadeiro. Eu te amo.
- Também te amo.
Eles trocavam os últimos olhares que estavam sendo difíceis já que papai pretendia nunca mais aparecer. Seria melhor para todos, mas nada fácil para a pequena Mariana que levaria algum tempo para se acostumar.
Também não estava sendo fácil para mim naquela noite. Eu pensei seriamente em terminar o meu namoro com o André. Não sei muito bem o motivo, mas simplesmente não queria mais. O que eu queria era ficar sozinha no meu canto, esperando a dor passar.
- Filha, posso entrar? Quero saber como você está se sentindo.
- Claro mãe, pode entrar.
- Está tudo bem, querida?
- Acho que não, mãe.
- Você não pode ficar assim, filha. Seria bom você sair um pouco do seu quarto, sair de casa e dar uma volta, talvez com o André. O que acha?
- Não...
- Não?
- Mãe, eu terminei com ele... E não estou mesmo com vontade de sair nem de fazer nada.
- O que aconteceu, filha? Parece que vocês estavam tão bem por causa daquela conversa com o seu pai. Vocês brigaram?
- Mãe, ele veio aqui e fez papel de ciumento porque o Paulo estava aqui comigo, depois eles brigaram na rua de tirar sangue um do outro... Não quero falar sobre isso, mas é que eu percebi que eu não estou preparada pra aguentar certas coisas. Eu percebi que eu não sou capaz de fazer o que eu queria, eu me enganei, até mesmo por achar que eu pudesse estar mesmo apaixonada por ele. Se ele é o que ele é, então eu não posso gostar dele.
- E o que aconteceu depois dessa briga? Meu Deus...
- Não sei. Só sei que não terminei com ele pessoalmente, porque eu não queria olhar pra cara dele. Então, eu mandei uma mensagem no celular dele.
- Poxa filha... Você não gosta mais dele, é isso?
- Mãe, de que adianta eu gostar dele se, quando eu precisei de atenção ele só serviu para me deixar mais triste ainda? Aliás, eu fiquei surpresa por descobrir só agora o quanto ele é ciumento e violento. E sabe, eu não preciso disso neste momento, e ele pode estar triste o que for, mas eu não quero mais.
Na manhã seguinte...
André precisava tirar satisfação comigo e foi o que ele fez.
Ele apareceu cedo. Parou na porta e ficou me olhando.
Fiquei um pouco nervosa e preocupada porque ele estava parado bem ali, com uma expressão séria no rosto e com machucado nos olhos. Depois de perceber tudo isso, me levantei da cadeira e cheguei perto dele.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu quero tirar a limpo um assunto sobre nós, Isabela! E eu quero agora!
- Fique sabendo que você só está namorando comigo porque queria mudar a minha personalidade. É verdade isso?!
- Não... Não é bem assim...
- Como não?! O Paulo me contou, aquele seu amigo! Fala logo!
- Tá... Eu fiquei sabendo de tudo o que você fazia e quis namorar com você mesmo assim, porque eu iria tentar te mudar... Não foi por maldade, pensei no seu próprio bem...
- Resumindo, você sentiu pena de mim, porque do contrário ainda estaria com o Paulo!
- Não! Eu não sentia por ele o mesmo que eu sinto por você! E-eu não sabia que eu iria te encontrar de novo, você foi embora e eu estava vivendo. Só que eu também não sabia que aquela droga de sentimento iria voltar junto com você, caramba!
- Pode parar! Eu não quero mais saber, você não tinha o direito de fazer isso comigo!
- Fazer o bem? Claro que eu tinha, e foi por amor também André.
- É tanto amor que você fica deixando o cara entrar na sua casa sem eu saber, e ainda fica de chorinho no ombro dele, sendo que eu mesmo podia fazer isso!
- Foi a primeira vez, isso nunca aconteceu antes! E você que sumiu e olha que eu precisava muito de você!
- E para piorar ainda mais, você teve que brigar feio com o Paulo, não é?! Me fala o que você ganhou com isso, fala! Você só conseguiu me deixar decepcionada e magoada com você! Se você foi capaz de bater por ciumes, imagino o que você pode fazer comigo e com qualquer outro!
- Pare de ser idiota, Isabela! Em você e em mulher nenhuma eu nunca irei bater, cara! Eu só bati nele porque ele que começou me dando um soco na cara e me chamando de marginal, aquele fresco! Mas de que adianta eu falar alguma coisa se pra você eu que sou errado?! Então eu quero mais é que se foda mesmo e queria acabar de arrancar aquele rascunho de rosto que ele tem colado na cabeça dele!
- Ai André, chega! Eu só queria ficar em paz, sozinha, mas vejo que é impossível! Parece que você não mudou nada, ainda é aquele mesmo garoto irritante que me deixava nervosa do mesmo jeito que estou agora!
- Vai embora, por favor.
- Ainda não, isso não pode ficar assim Isabela.
- Você quer que fique como então?! Você quer que fique tudo muito bem mesmo do jeito que eu estou agora?! É?!
- Não, eu sei que não tem jeito. Mas vamos lá pra fora, pelo menos pra tentar esfriar a cabeça?
- Olha, sei que você está brava comigo, mas não custa nada você olhar pra minha cara, vai.
- André, o que nós viemos fazer aqui fora?
- Conversar, porque é isso que está faltando.
- Isabela, me perdoa?
- Quê?
- Eu preciso te contar uma coisa.... E foi por causa dessa coisa que eu fiquei desse jeito.
- Me conta.
- O cara que o pessoal da escola me via com ele, é bandido, só que eu não ando mais com ele por isso. Mas teve uma vez que ele me pressionou a ficar de vigia enquanto ele roubava a casa de um vizinho meu, e agora a polícia foi na minha casa por causa de uma denúncia anônima, e vai voltar. Eu estou com medo de ir pra cadeia, e também medo de você não me querer mais por causa disso, porque você logo descobriria. E foi por isso que eu não atendia as suas ligações, porque eu estava muito mal em casa, sem saber o que fazer e o que dizer a você... Enfim, eu me sinto inseguro com esse cara que é melhor pra você do que eu, e sinto raiva dele por ele estar certo.
- Caramba... Nunca imaginei você fazendo essas coisas.
- Foi antes do nosso namoro, não se preocupe.
- Ah, ainda bem!
- Olha só, depois que começamos a namorar, a minha vida começou a fazer sentido. Sério.
- Cara, antes eu fazia tanta coisa errada. Tipo, eu faltava quase todo dia na escola pra ficar bebendo e fumando na rua, sacaneando com os outros. Eu sempre ia toda noite na boate só pra ver as mulheres dançando, achando que ia conseguir alguma coisa com elas, e voltava quase de manhã em casa... Fiz tanta coisa, mas tanta coisa, menos me envolver com uma menina que nem você, especial.
- Mas com outra qualquer você já se envolveu, não é? Alias, não era necessário você ter me contado essas coisas, André.
- É pra você ver que você conseguiu, eu mudei e estou mudando ainda. Então, por favor, perdoa o meu ciume e tudo o que eu causei por ele?
- Tudo bem, está perdoado.
- Então vamos continuar namorando?
- Não, mesmo assim eu não quero mais. É mais do que isso, é uma coisa de dentro de mim. Eu quero mesmo ficar sozinha.
- Não acredito nisso! Cara, não sei que eu preciso fazer então!
- Nada, só isso.
- Então eu já sei o que está acontecendo! Por que não fala logo que não gosta mais de mim?! Seria muito melhor, pow!
- Calma André, não é isso!
- Que eu saiba, quando duas pessoas se amam, elas não conseguem ficar separadas. Então, você não gosta mais de mim!
- Eu só preciso de um tempo pra eu me sentir melhor, e até lá eu queria ficar sozinha, só isso, não é que eu não ame você!
- Pára vai, isso não existe! Não precisa dizer mais nada, eu já entendi, não se preocupe!
- Não fique assim.
André saiu ligeiramente e visivelmente chateado e bastante nervoso, nem se quer olhou para trás. Chamei seu nome por algumas vezes, em tom baixo, mas não o suficiente para ele ouvir ou parar. Fiquei com o coração apertado por ter permitido que ele fosse embora, porque eu nunca vivi uma situação como esta em minha vida, onde eu me sentia um pouco culpada por magoar uma pessoa.
Mesmo agora tendo a certeza de que ele estava mesmo mudando por minha causa, ainda assim alguma coisa não me deixava querer estar ao lado dele. A dor de perder o Max ainda era recente em meu peito, e doía a todo instante, e eu só queria me isolar de algumas coisas que eu sabia que não teria toda a minha atenção, como o meu namoro.
Eu só não sabia que teria feito a escolha errada em terminar o nosso relacionamento.
André convivia com o isolamento e a falta de carinho desde que nasceu, e infelizmente ninguém sabia disso. Nunca ele demonstrou o que sentia, sempre tentava ser ''durão'' para todos quando não fazia algo que o acalmava ou o desligava do mundo, como fumar ou beber em seu quarto. Dessa vez foi diferente, ele estava chorando e foi de repente.
André detestava se sentir rejeitado, e agora ele se sentia assim por mim. Ficamos tão pouco tempo juntos, na relação, porque no sentimento já era antigo e ainda é. Mesmo assim, não conhecíamos tudo um do outro, e uma coisa que eu não sabia era de que, quando ele tomava uma decisão, era quase impossível de voltar atras. O que significava que eu nunca mais o veria novamente, por parte dele e do destino.
Reação em Cadeia - Tão Bem


























































Olá Priscila! Sou a Karen, da Kachu sims, lembra de mim? como estão as coisas? Entre em contato comigo e mande um ALô...
ResponderExcluirBeijos, e saudades.
becareful666@bol.com.br
Vi muito tarde mas te mandei email.
ExcluirSaudade também!
Oi lembro sim!!
ExcluirVi muito tarde, desculpa :(
Te mandei mensagem, mas não sei se vc ainda acessa ele.
Me manda email, tô sempre olhando e te passo minhas redes sociais por lá. prihpri25@gmail.com