sábado, 7 de abril de 2012

Parte 24


Assim que começa a amanhecer, a campainha da casa de Daniel toca.

- Nossa senhora, quem será a essa hora? 
Caramba, acho que eu nem dormi direito e já tenho que levantar.


- Quem é? Já vou abrir!- gritou para a pessoa que o esperava atras da porta. 

'' A pessoa não me respondeu, só pode ser brincadeira do Vitor, será que ele veio acertar as contas comigo?!''


- Você?!


- Oooi. 
- O que você faz aqui? 
- Eu quero conversar com você. 
- Você sabe que horas são? 
- Sei, mas é que eu queria te achar. 
- Exagerou.


- Você ainda me ama? Fala a verdade. 
- Garota, você bebeu alguma coisa, só pode ser. 
- Me responde logo. 
- Não tem resposta. 


- Eu vou considerar que você ainda me ama. 
- Faça o que você quiser. 
- Eu sei que você quer um beijo meu.


- O que você quer afinal? 
- Eu quero voltar com você. 
- Assim, agindo feito uma louca? 
- Eu não tive escolha, você não atendia as minhas ligações.


- E você deveria respeitar isso, ou não?! 
- Não, porque eu nem conseguia dormir preocupada com você. 
- Comigo?! Eu estou bem, você que não está, nem deve ter dormido e por isso chegou aqui antes da luz do Sol! 
- Eu não dormi mesmo, eu não consegui.




- É uma pena, mas vai embora por favor. 
- O que?! Você acha que a nossa conversa acabou? 
- Para mim acabou, então se retire, que eu preciso dormir. 
- Nada disso, você não vai dormir mais!


- Onde você estava que não atendia o celular? 
- Aah, não interessa, vai! 
- O que você estava fazendo?! Responde! 
- Já falei que não interessa, você não é nada minha. 


- Eu aposto que você foi aproveitar a sua liberdade idiota, não foi? 
- Cala a sua boca, vai cuidar da sua vida! 
- Você faz parte da minha vida, e por isso eu tenho o direito de saber o que aconteceu. 
- Eu fiz, não faço mais parte da sua vida!


- Vai embora, por favor! 
- Se você não quer falar eu vou descobrir. 
- Faça isso longe de mim, antes que eu perca a paciência ! 
- Calma, não precisa querer me bater.



- Então, por favor vai, eu não vou conseguir conversar com você. 
- Eu vou, mas eu espero que quando você resolver conversar comigo, não seja tarde demais.


O problema de tudo é que eu não posso contar a burrada que eu fiz, se não fosse por isso, é claro que eu estaria com você agora, me dói o coração, por saber que você está desesperada a ponto de me procurar de qualquer jeito, não queria te mandar ir embora.


Não sei se é amor o que eu sinto por ela, mas sei que é especial, apesar de tudo, e ver-la indo embora, me deu uma angústia, a mesma que estava em seu coração nesse momento, eu sei.


Eu nunca fui de ferir o sentimento de uma mulher, como estou fazendo agora. 

- Droga! Eu nunca mais vou me perdoar pela idiotice que eu fiz, eu sei que vou te perder por isso.


- Vitor? 

Parecia ter sido um sonho eu estar morando com ele, e não o ver na cama, me deixou um pouco assustada. 

- Acho que eu posso me acostumar com minha nova vida, pelo menos pela Isabela eu tenho que tentar. 




- Menino, você anda sumidinho, o que acontece? 
- Pois é, estou trabalhando muito.



- Eu quase comecei a pensar que você não gosta mais da gente. 
- Que isso, eu amo vocês duas, são minhas princesinhas. 
- Ve se liga pelo menos, não judia de nós. 
- Claro, mas saiba que eu fico pensando em vocês no meu trabalho, sério.


- Quer um café da doida? 
- Não, obrigado. 
- O que foi? 
- Só estava pensando.



- Onde está a Melissa, hein? 
- Ah... é... ela foi, ela foi morar com o Vitor. 
- Não brinca, chama ela que eu quero conversar com ela. 
- Ela não está aqui, ela foi ontem a noite com ele para a casa nova deles.


- Droga! Eu nem sabia que eles tinham voltado com essa besteira. 
- Matheus, eu não acredito que você ainda gosta de Mel.


- Não é isso, ela só não pode ficar com ele. 
- O que você está falando? 
- Nada, só me fala onde fica essa casa. 
- Fica na rua da lavanderia que tem aqui perto, é uma casa que tem uma escada na frente. 
- Sei, eu dou um jeito de encontrar a casa e os dois lá. 
- O que você quer com os dois?


- Matheus, se você for lá pra estragar tudo por causa desse seu ciume, eu paro de falar com você! Entendeu?! 
- Ciume?! Eu tenho é cuidado com ela, é bem diferente. 
- Cuidado com o que? Ela não está com ninguém perigoso, é o meu primo! 
- Que bosta de priminho seu! Mas relaxa que eu não vou fazer nada, eu não quero magoar a Melissa, de jeito nenhum. 



'' Só pode ser essa casa, eu sinto.''


'' Quem será?! Será que é a Laura, que já veio me ver?''



- Matheus?


- Nossa, você quase me matou de medo. É que eu estou sozinha em casa. 
- Que isso, você pensou que fosse um ladrão querendo entrar?


- Como você sabia que eu estava morando aqui? 
- A Laura me contou, acabei de sair de lá. 
- Sabe, que eu estou com vergonha agora, por ser uma boba com medo. 
- Você está muito linda, sabia disso? 
- Eu não sei, eu acabei de acordar nem me arrumei direito. 
- E quem falou que precisa?


- O Vitor foi trabalhar? 
- É, ele foi. 
- Eu queria conhecer ele melhor. 
- Você ainda terá essa chance.


- Então sumido, me dá um abraço? 
- Concerteza.


- Você gostou dessa casa? 
- Gostei, eu que escolhi. 

Matheus começou a se aproximar de Melissa, aproveitando que o Vitor não estava e tentando realizar uma vontade antiga. 


- Me diga, você está feliz? 
- Eu acho que sim, por que? 
- Porque eu quero muito que você seja, de verdade. 
- Eu sei, você é um amigo de verdade.


- Você é muito especial pra mim, Melissa. 
- Você que é pra mim, sempre dá um jeito de me ver. Já viajou, mas voltou com saudade. 
- Na verdade, eu não devia ter ido viajar. 


- Vem cá, eu vou fazer uma salada pra mim. 
- Você come salada? 


- Qual é o problema em comer salada? 
- O gosto, esse é o problema. 
- Mas temperadinha é uma delícia, seu bobo. 
- Mesmo assim, eu não curto. 
- Então, você vai querer alguma coisa? 
- Não, eu já tomei café, linda.


- Não, não, deixa que eu faço pra você. 
- Não precisa Matheus, eu faço. 
- Tem certeza? Olha que eu não como salada, mas do jeito que eu sei fazer pode ser que fique uma delícia, você não vai querer provar? 


- Não Matheus, acho que perdi a fome. 
- Você que sabe, então. 
- Mamãe. 
- Oi filhinha.


- Oh piquitucha, sabe quem eu sou? 
- Não sei, mas o papai que não é. 
- Eu sou o amigo da sua mãe, lembrou? 
- Não, amigo da mamãe.


- Acho que eu já vou embora, não quero tomar o seu tempo. 
- Não, se você quiser ficar pode ficar.


'' O que esse idiota está fazendo aqui?!''


- LARGA A MINHA FILHA, SEU DESGRAÇADO! 
- Calma, de onde você surgiu? 
- Vitor, o que você está fazendo? 
- EU NÃO VOU PEDIR OUTRA VEZ!


- Calma, a gente pode conversar. 
- CALMA NADA!! O que você veio fazer aqui?! 
- Eu vim conversar com a minha amiga. 
- Eu sei muito bem como você a vê como amiga!


- Vitor, vem comigo. 
- Eu sei o que você veio tentar fazer aqui, seu babaca. 
- Vitor, pára vem aqui comigo. 
- Não se preocupe Mel, eu vou soltar a sua filha, como ele quer.


- O que está acontecendo aqui, moço?- sua voz declarava a vontade de chorar. 
- Não é nada pequena.


- E nunca mais coloque suas mãos na minha filha, senão eu acabo com a sua cara!


- Isabela, vá para o seu quarto, depois a mamãe fala com você. 

'' Ai, ela nunca escutou gritos, coitadinha.'' 


- Vai embora agora, antes que eu faça uma besteria com você. 
- Ah, pode fazer, você está errado. 
- Você está pedindo né cara, olha que eu capricho. 
- Faça isso pra sua mulher ver.


- Chega Vitor! Pára com essa palhaçada! 
- Ele que começou vindo aqui. 
- Você é um idiota, nem conhece ele e já faz isso! 
- Eu conheço ele sim, ele é um sem vergonha, falso!


- Se você não parar com isso, eu vou embora agora! 
- Escuta ela cara, você não quer que ela vai embora, quer? 
- Ele só veio conversar comigo, matar a saudade e daí? 
- É cara, me desculpe ai por qualquer coisa. 
- Cala a sua boca seu miserável! 


- Vitor pára! Você está me fazendo passar vergonha, sabia?! Se você quer que eu odeie você, está conseguindo isso! O que aconteceu com você?! Perdeu a noção das coisas, foi?! Estou decepcionada outra vez! Outra vez! 


- Voce está rindo de que, seu babaca?! 
- Cara, voce é muito idiota, por isso.


- Me desculpa, eu te levo até a porta. 
- Não precisa se desculpar, voce não teve culpa.


- Obrigada por ter vindo aqui me ver. 
- Sempre que quiser me ver me chama.


- Depois voce me liga pra gente conversar? 
- Claro que ligo, pode deixar. 


- Tchau.


- Meu amor, vem cá, me desculpe por tudo isso. 
- Sai fora Vitor, voce foi um palhaço!


- Eu vim ver como voce estava, só isso. 
- Agora já sabe como eu estou, não sabe? Pode voltar sossegado para o seu trabalho! 
- Voce não me ama mais? Isso está pertubando a minha cabeça. 
- Agora Vitor, é impossivel responder a essa pergunta! 
- Por que? Olha, eu posso me explicar, eu juro. 
- Não tem explicação, e voce me chateou muito, não pensei que fosse criança.


Melissa continuou andando com seus passos firmes e carregados de raiva, batendo a porta com toda a força na cara de Vitor.


Isabela apesar de pequena, sabia que o clima na casa estava ruim, pelos gritos. Era a primeira vez que chorava não por querer alguma coisa, mas pelo seus pais, como uma menina que estava crescendo e entendo o verdadeiro mundo em que veio. 




Vitor estava com medo de abrir a porta de seu quarto e ser desprezado pela Melissa, mesmo querendo se desculpar e tendo muito o que confessar a ela.


'' Eu preciso falar com ela, isso não pode ficar assim.''






Estava ela olhando para a janela, talvez pensando em ir embora.


'' Espero que ela não bata em mim.''



- Meu amor, precisamos conversar. 
- Sabia que você não iria trabalhar. 
- Eu não conseguiria trabalhar brigado com você. 
- O que você quer falar comigo? 
- Eu quero te contar o meu motivo de brigar com ele. 
- Não importa, eu não quero brigar.




Vitor encostou Melissa na parede num movimento rápido 
virando seu rosto com suas mãos quentes.


- Eu também não quero brigar com você.



- Me responde, você me ama? 
- Amo muito. 
- E eu sou louco por você. 
- Então me beija.


Ficamos nos beijando como se não houvesse o amanhã. Apesar dos problemas, das brigas e angústias, nada era capaz de acabar com um desejo incontrolável de nos amar eternamente num momento como este.


Algo muito forte tomava conta dos corações dois dois, fazendo Vitor puxar Melissa para a cama tocando sua face que tinha uma doce expressão. 


- Por que eu não consigo me controlar quando estou com você, minha linda? 
- Eu não sei, Vitor. 
- Eu não quero fazer nada que você se arrependa depois, você só me evitou até agora. 
- Vitor, eu não estou com medo, não com você.


- É melhor eu ir trabalhar senão eu posso perder o emprego. 
- Tudo bem. 
- Mas depois eu volto pra ficar com você. 
- Tudo bem, depois a gente se vê, então.


Naquele momento, eu percebi que o queria mais do nunca aqui comigo, não queria ter desperdiçado um tempo brigando com ele.


- O que você faz aqui, Belinha? 
- Brincando com o meu ursinho, mamãe.


- Que tal você brincar comigo, hein fofinha? 
- Mas você não está brava, mamãe? 
- Não, então eu posso brincar com você. 


- Assistindo TV, ainda?


- Oi... han, o que você veio fazer aqui? 
- Eu vim conversar sério com você. 
- O que? Aconteceu alguma coisa? 
- Problemas, e você vai me ouvir.



- Eu não estou mais namorando o Daniel, só que eu quero voltar com ele, mas ele não quer nem falar comigo direito. 
- Séério? Mas eu sinto muito, e agora? 
- Eu fui na casa dele hoje cedo e ele estava estranho, praticamente me tocou de lá. 
- Como assim estranho? 
- Não queria me contar onde estava e nem me explicou o motivo de não retornar as minha ligações. 
- Que saco, hein! 
- Eu acho que ele estava com alguma mulher, eu sinto. 
- Pode ser né, ele não é santinho, como você mesma já me falou. 


- Mas a gente pode sair e quem sabe você não encontra algum gatinho pra você, até porque eu também não estou mais namorando, ele voltou com a amada dele. 
- Amiga, adorei a ideia, parece que voltamos ao tempo de curtição. 
- E quer saber, eu nem vou ficar sofrendo por causa de homem nenhum, nunca sofri e você tem que fazer o mesmo. 
- Tem razão e se ele quiser que me procure.


Um comentário:

  1. Olá Priscila! Sou a Karen, da Kachu sims, lembra de mim? como estão as coisas? Entre em contato comigo e mande um ALô...

    Beijos, e saudades.

    becareful666@bol.com.br

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